O
governo de São Paulo divulgou na ultima terça-feira (5/2), em evento realizado
no Palácio dos Bandeirantes, a nova alíquota de ICMS para o combustível de
aviação, que cai de 25% para 12%. Com esta iniciativa, o estado prevê um aumento
de 490 voos, com a possibilidade de realizar ‘stopover’, que significa uma
parada, sem custo para os viajantes, antes do destino final e um acréscimo na
arrecadação de R$ 111 milhões.
“São
Paulo hoje recebe quase 60% dos voos internacionais que chegam ao Brasil, e esta
iniciativa representa um grande avanço para o setor no País, aumentando nossa
competitividade e, como consequência, gerando um incremento no número de
turistas que vem para cá, bem como na geração de empregos e renda para os
brasileiros”, declarou a presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de
Turismo), Teté Bezerra, que participou do anúncio na capital paulista.
O
corte na alíquota que incide sobre o querosene de aviação (QAV) comercializado
em São Paulo é um pleito antigo das companhias aéreas. Segundo estudos do setor,
o preço do combustível representa em torno de 40% do custo operacional total das
empresas.
“Essa
é uma grande vitória para o turismo nacional. Num país de dimensões continentais
como o nosso, a conectividade pela malha aérea é fundamental", comentou o
ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. "O próximo passo é aprovar a
abertura total das companhias aéreas ao capital estrangeiro no Congresso
Nacional para permitir o aumento da competitividade com mais empresas atuando no
país e limitar o ICMS em 12% para todos os estados, com o projeto que tramita no
Senado", completou. Das 27 unidades da Federação, 18 já praticam alíquota de até
12%.
“Nós
estamos estabelecendo um novo paradigma para o turismo brasileiro”, declarou o
governador de São Paulo, João Doria. “Vamos ampliar a atividade econômica e, com
isso, aumentar a geração de emprego e renda para todos os brasileiros, e não
apenas em São Paulo”, acrescentou Doria.
A
diminuição do imposto do combustível para o setor aéreo será compensada pelo
impacto econômico gerado pelas contrapartidas. Com a nova alíquota, a
arrecadação prevista para 2019 sobre a comercialização de querosene aéreo cairá
de R$ 627 milhões para R$ 422 milhões, mas a compensação total – direta,
indireta, induzida e catalisada – representa uma previsão de ao menos R$ 316
milhões.
Stopover
Outro
ganho para o setor, e que é destaque entre os itens previstos nas contrapartidas
das empresas aéreas, é o chamado ‘stopover’. Um fundo de R$ 40 milhões será
formado pelas companhias para custear um plano de marketing para fomento à
ampliação da permanência de visitantes em São Paulo por um ou dois dias a mais
que o previsto.
Segundo o secretário de Turismo do Estado de São Paulo,
Vinicius Lummertz, a diminuição do ICMS terá reflexos imediatos para o estado,
aumentando os negócios a partir da conectividade. “Serão criados 490 novas
partidas de São Paulo, sendo 416 para fora do estado atendendo 21 estados e 38
destinos. Outros 74 voos serão dentro de São Paulo e seis desses voos serão para
destinos ainda não atendidos pela aviação regional”, revelou.
De
acordo com esse estudo, se 2,5% dos passageiros que passam pelos três
aeroportos de SP entenderem a conexão com o ‘stopover’, um total de R$ 6,9
bilhões serão injetados na economia do estado e 59 mil empregos serão criados. A
medida segue o modelo já testado em outros destinos como Lisboa, em Portugal,
com a TAP; Istanbul, na Turquia, com a Turkish Airlines; e Abu Dhabi, no
Emirados Árabes, com a Emirates.
Fonte:
Ascom/Embratur/Mercado e Eventos.